Luiz Felipe Gabriel diz que a confiabilidade da pesquisa de opinião só é alcançada quando se respeita os princípios científicos no processo de seleção da amostra
As pesquisas eleitorais são amplamente utilizadas pelos candidatos e partidos políticos para definirem suas estratégias de campanha e assim alcançar os objetivos esperados. Os resultados apontam um recorte da preferência dos eleitores em um intervalo de tempo que antecede o pleito e revelam tendências que servem de subsídios para as tomadas de decisões, principalmente para os profissionais do segmento de marketing político.
O consultor de empresas Luiz Felipe Gabriel Gomes, CEO do Instituto Verus, trabalha com a realização de pesquisas de mercado e de opinião há cerca de 30 anos. Ele explica que a divulgação de pesquisas eleitorais pela imprensa ganhou maior força no Brasil ainda nos anos 90. “Quanto maior for o respeito aos princípios científicos na coleta de dados em uma pesquisa de opinião, maior será a confiabilidade dos resultados levantados”, diz.
Luiz Felipe ressalta que no Brasil o IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – foi um dos precursores das pesquisas de opinião. De acordo com o consultor de empresas, por ter feito contrato de aferição de audiência com a Rede Globo de Televisão, o IBOPE acabou se tornando uma referência no segmento.
“Houve uma proliferação de institutos de pesquisa no Brasil e, de uma maneira geral, os períodos eleitorais foram o momento em que estas empresas ganharam maior visibilidade em função das pesquisas de intenção de voto”, pontua. O CEO do Instituto Verus lembra que a metodologia utilizada nas pesquisas de opinião precisa ter rigor científico e respeitar a teoria da estatística aplicada ao estudo de populações desenvolvida de forma mais efetiva no fim do século XIX, quando as teorias de amostragem começam a ser consideradas para se avaliar a opinião das pessoas.
“A ideia da pesquisa por amostragem é você obter um reflexo matematicamente confiável do que é o todo”, acrescenta. Ele defende que as empresas de pesquisa precisam confiar mais e se pautar pela ciência, já que as metodologias clássicas de amostragem científica é que garantem a credibilidade do setor, trazendo resultados confiáveis com margens de erro e índices de confiança que são divulgados juntamente com as pesquisas de opinião.
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